A pornografia faz mal?


             Sei que sexo vende e muito, mas se a pessoa só pensa em sexo o tempo todo, isso é uma patologia e só pode trazer prejuízos para sua vida pessoal e profissional. Recentemente, eu estava na fila de embarque e vi um rapaz completamente vidrado assistindo um vídeo pornográfico na tela do seu celular, como se as pessoas ao redor não existissem e que ele não poderia estar incomodando ninguém, muito menos crianças que estavam passando pelo local.

              Depois desse vídeo, veio outro e mais outro... E depois, não mais o vi no saguão do aeroporto, mas o mais importante é como as pessoas se perdem nesse ciclo de baixa vibração e se prendem a um elo com a fantasia e saem do real. Não é mesmo?

              Um bom exemplo disso está presente no filme “Como não perder essa mulher” que tem o nome original “Don Jon” (2003), estrelado por Joseph Gordon-Levitt, Scarlett Johansson e Juliane Moore. O personagem Don é totalmente fissurado por pornografia, não deixa de assistir todos os dias e isso complica suas relações amorosas, até chegar ao ponto dele não conseguir parar de assistir em qualquer lugar, seja dirigindo e até na sala de aula.

              O que fica mais marcante nessa história da pessoa se associar à fantasia dos filmes pornográficos é o sofrimento que isso gera, pois elas não se sentem realizadas nem muito menos estão presentes no ato sexual com o parceiro e isso causa mal-estar entre o casal. Isso não só ocorre com homens, muitas mulheres também se sentem muito ligadas a esse tipo de filme e ficam idealizando um parceiro que faça posições exóticas apresentadas no vídeo e quando vão transar,  estas pessoas tendem a se sentir inseguras com seu corpo porque ficam se comparando com o corpo dos atores e não conseguem ser elas mesmas durante a relação.

              O importante é entender que para que haja não só o sexo e um ato exibicionista e sim o ato de entrega na relação sexual, os parceiros não podem praticar um ato egoísta, o que tende a ser executado ao ficar assistindo constantemente esses vídeos. Você acha mesmo que a pessoa que quer se relacionar está interessada num par extremamente performático ou quer receber e dar carinho? Se você é do tipo de pessoa que adora gastar horas assistindo esse tipo de vídeo, pense no que você poderia explorar dentro de você para descobrir maneiras de expressar o amor para seu par.

Além disso, umas dicas que dou para quem fica assistindo muitos vídeos pornográficos, se questione: O que isso vai te trazer de benefícios? O que você poderia estar fazendo para você melhorar como pessoa e como profissional durante esse tempo que fica perdendo com esses vídeos?        

Não posso deixar de mencionar que assistir vídeos pornográficos com tanta frequência pode ser uma compulsão assim como outros vícios e deve ser tratada para que a pessoa siga com sua vida normalmente, sem se sentir presa a “ter que fazer algo para se sentir satisfeito”. Caso seja o seu caso ou de uma pessoa que você conheça, entre em contato comigo por e-mail para conversarmos a respeito e fazer sessões sobre o assunto.

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