Quanta fragilidade ainda existe em ser mulher
Muitos não sabem, mas dou aulas numa escola pública dentro de uma comunidade no Rio de Janeiro e no ano passado, exatamente no dia internacional da mulher, houve um crime bárbaro que mexeu absurdamente comigo – uma mulher linda, nova às duas horas da tarde, foi morta e estuprada na rua, sem que ninguém desse queixa contra essa ardilosidade. Fiquei muito tempo e ainda fico com medo de entrar e sair da comunidade e foi então que pude perceber como qualquer uma de nós pode ser um alvo fácil na mão de homens e mulheres também que queiram o nosso mal – somos realmente um ser muito frágil... E muito passivo em muitas horas... Isso é uma pena porque o ser cruel usa da nossa subordinação para usufruir da sua ardilosidade . Somos passivas na hora em que achamos que o outro só vai nos amar se fizermos tudo do jeito que ele quer, negando toda a nossa história de vida, nossa maneira de pensar e de agir. Será que temos que deixar mesmo para trás nossos filhos de outros casamentos, nossa ...