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Mostrando postagens de março, 2014

Quanta fragilidade ainda existe em ser mulher

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Muitos não sabem, mas dou aulas numa escola pública dentro de uma comunidade no Rio de Janeiro e no ano passado, exatamente no dia internacional da mulher, houve um crime bárbaro que mexeu absurdamente comigo – uma mulher linda, nova às duas horas da tarde, foi morta e estuprada na rua, sem que ninguém desse queixa contra essa ardilosidade. Fiquei muito tempo e ainda fico com medo de entrar e sair da comunidade e foi então que pude perceber como qualquer uma de nós pode ser um alvo fácil na mão de homens e mulheres também que queiram o nosso mal – somos realmente um ser muito frágil... E muito passivo em muitas horas... Isso é uma pena porque o ser cruel usa da nossa subordinação para usufruir da sua ardilosidade . Somos passivas na hora em que achamos que o outro só vai nos amar se fizermos tudo do jeito que ele quer, negando toda a nossa história de vida, nossa maneira de pensar e de agir. Será que temos que deixar mesmo para trás nossos filhos de outros casamentos, nossa

Renato Russo nunca sai de moda

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Nunca pude sentir com tanta sensibilidade as letras de Renato Russo. Acho que as minhas leituras de Clarice Lispector abriram mais meus ouvidos para ele. Talvez o que me acontece foi que eu era muito nova quando a Legião estourava nas rádios com o Faroeste Caboclo e eu achava a letra triste demais. As letras do Renato são lindas, mas não são para qualquer pessoa entender. São para quem está em nostalgia, nas suas profundezas, uma ou outra são alegrinhas e eu na adolescência não gostava desse estilo de música tão down, mas numa coisa a Bruna de ontem e a de hoje têm que concordar: ele nunca sairá de moda porque o mergulho em si mesmo é muito importante. O estilo da Legião Urbana vai ser sempre admirado e respeitado porque imita nenhuma banda e para mentes inquietas em busca de respostas, as letras serão sempre evidências sobre o quanto temos de rebeldia na juventude e como temos que encostar em problemas mal resolvidos que carregamos pela vida se não cuidamos deles. Renato